Enchentes

Avenida Rio Grande do Sul sofre com alagamentos

Problema se acentuou neste ano; enchentes são problemas constantes por toda a cidade

Heitor Araujo -

O pluviômetro da Embrapa Clima Temperado indica 92,4mm de chuvas em Pelotas nestes 18 dias de agosto. No último fim de semana, após dias de precipitação constante no município, a Defesa Civil constatou “alagamentos pontuais em áreas crônicas”. Quem mora ou frequenta o bairro Laranjal sabe bem qual é uma dessas “áreas crônicas”. A avenida Rio Grande do Sul, uma das principais vias de acesso à praia, chuva após chuva fica debaixo d’água. Os motoristas mais cautelosos engatam a ré e dão a volta. Os mais corajosos ligam o pisca alerta e enfrentam a água, que sobe as calçadas e os canteiros. Aos moradores locais, não resta outra alternativa, senão a adaptação ao cenário caótico.

A avenida Rio Grande do Sul - no entroncamento com a Espírito Santo - parece ser o encontro de toda a água caída no Laranjal. A crescente urbanização da praia, que por si só já é uma área alagadiça, somada ao efeito colateral momentâneo da obra de pavimentação da avenida Espírito Santo e a um insuficiente esquema de drenagem, transforma este cruzamento em uma verdadeira "piscina" a cada chuva que cai. O que traz transtornos à população local, que precisa adaptar o imóvel às enchentes, afasta novos moradores e gera reclamações pelo problema nunca resolvido.

Diego Luís Silva de Borba tem 33 anos e cresceu em uma casa na avenida Rio Grande do Sul, muito próximo ao ponto problemático. Ele conta que desde criança se lembra de alagamentos na região. A casa, hoje, é habitada pelo pai. Com a maior frequência de enchentes, melhorias precisaram ser feitas no imóvel. “Tivemos que colocar um portão eletrônico, por exemplo, porque quando chove a gente não consegue descer do carro para abrir o portão”. Diego também reclama que alguns pontos, mesmo após a chuva, continuam com poças por mais dois ou três dias - problema que atinge também outros pontos da praia. As constantes enchentes na avenida não foram suficientes para a família de Diego se mudar do local. No entanto, ele ressalta que muitos amigos que pensavam em comprar casas na praia desistiram por causa disso.

A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), auxiliada pelo Serviço Autônomo de Abastecimento de Água de Pelotas (Sanep), coordena a obra de pavimentação da avenida Espírito Santo, entre a Rio Grande do Sul e a Joaquim Augusto de Assumpção. A obra acontece nesse trecho, explica o secretário Paulo Moraes, “pelo orçamento que conseguimos e por ser a rua do transporte coletivo”. Além da implantação do pavimento, também está sendo feita a troca de tubulações da avenida. Assim, por sorte, a população do Laranjal poderá finalmente conviver com menos enchentes.

Técnicos do Sanep acreditam que a colocação de aduelas na avenida Espírito Santo e a troca de uma bomba na rua 29 do Valverde por duas de maior capacidade, devem resolver o problema na Rio Grande do Sul – e de outras ruas próximas. O coro é endossado pelo presidente da autarquia, Alexandre Garcia. “A obra que agora aumenta parcialmente os alagamentos, no final, deve solucionar esse problema. Com a substituição da bomba existente, vamos mais do que dobrar a capacidade de bombeamento e, assim, dar maior vazão de água”, promete.

Moradores de outras áreas da cidade também esperam as obras que solucionem o problema crônico de alagamentos. O Sanep realiza atendimentos em diversas áreas, alterando o sistema de drenagem e tentando encontrar soluções. No Laranjal, o morador Diego Borba destaca: "lembro de ver mexerem em cano há dois anos, antes e depois disso, nunca mais". 

Outros pontos de alagamento pela cidade
Rua Doutor Amarante - está sendo realizada a troca da galeria da Deodoro, que deve solucionar o problema.

Porto
Rua Gomes Carneiro - próximo ao Anglo, foi realizada uma substituição da rede fluvial no começo do mês e instaladas três bocas de lobo. Perto da Deodoro, a Seplag trocou o sistema de drenagem na obra da Osório.

Rua Três de Maio - foi feito um levantamento. A drenagem é insuficiente, pois toda a parte mais alta do centro vai pra região próxima à rua Garibaldi. Há projeto para melhorar o escoamento da Três de Maio, Garibaldi, até o canal São Gonçalo, próximo ao Anglo.

Areal
Mario Peiruque – foi feito um trabalho de substituição de drenagem no ano passado. Há um projeto futuro com a Secretaria de Serviços Urbanos. Problema crônico desde que foi feito o sistema de drenagem.

Três Vendas
Rua São Paulo – Santa Terezinha– quando foi feita a São Paulo, não houve um projeto de drenagem. Entre Santa Clara e 25 de julho a drenagem não comporta, mas o escoamento é considerado bom

Pedro Moacyr, perto da Praça do Colono – Sanep trocou a drenagem com uma parceria da Secretaria de Serviços Urbanos. Colocação de nova rede fluvial

*Com informações do Sanep

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